Um casal que adotou um bebê com microcefalia dará um depoimento durante o lançamento, hoje, do projeto "O ideal é real - Adoções necessárias" organizado pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) e apoiado pelo Tribunal de Justiça e pela Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Assembléia Legislativa. A iniciativa visa a estimular uma mudança de perfil na adoção. Autor da ideia, o juiz Sérgio Ribeiro, titular da 4ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso e diretor de direitos humanos e proteção integral da Amaerj, explicou que há muitas pessoas habilitadas para adotar cerca de 36 mil no país, mas a maioria procura um mesmo perfil: um bebê saudável, branco e sem irmãos. "Serão traçadas estratégias para que os interessados conheçam crianças e adolescentes mais velhos, com problemas de saúde, com irmãos e negros. Há casos de pessoas habilitadas para receber um bebê que, quando tiveram a oportunidade de conhecer um adolescente e, decidiram adotá-lo", disse Ribeiro, lembrando que há seis mil meninos em abrigos brasileiros. Idealizador do projeto Apadrinhar - Amar e agir para materializar sonhos Ribeiro foi vencedor do Prêmio Innovare 2015. A iniciativa propicia a crianças e adolescentes com chances remotas de reinserção familiar, a oportunidade de construir laços afetivos e receber apoio material. O lançamento do novo projeto será às 16h no auditório da Corregedoria-Geral de Justiça, na Avenida Erasmo Braga 115, andar, no Centro.