08/11/2008 - 16:06

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Alerj deve votar em duas semanas o reajuste de servidores da Justiça

Alerj deve votar em duas semanas o reajuste de servidores da Justiça


Do jornal O Globo

08/11/2008 - A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) deverá votar, até o próximo dia 19, o projeto do presidente do Tribunal de Justiça, José Schmidt Murta Ribeiro, sobre o reajuste de 7,3%, retroativo a maio, dos servidores da Justiça, que estão há 48 dias em greve. A vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Poder judiciário do Rio de Janeiro (SindJustiça/RJ), Marta Baçanti, disse nesta seta, 7, que até a votação a categoria continuará tentando negociar suas reivindicações. Milhares de processos judiciais estão parados em todo o Estado. Segundo o SindJustiça/ RJ, cerca de 80% da categoria aderiram à greve.

"A votação da semana passada foi suspensa. Ela deverá ser marcada num prazo de até 15 dias. Durante esse período, novas negociações podem acontecer", afirmou Marta Baçanti.


OAB alerta para acúmulo de processos

O presidente da Seção Rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ), Wadih Damous, disse que o Governo do Estado deveria ter mais sensibilidade para resolver a questão.

"São milhares de processos acumulados. O Governo estadual parece sem disposição para resolver o problema. Tem que ter mais sensibilidade. A greve está sendo nociva para a população. Legítima ou não, a greve está acabando com a paciência dos moradores do Rio", disse Wadih Damous.

Segundo ele, os servidores deveriam, ao menos, manter parte dos serviços essenciais para que a imagem da categoria não seja muito prejudicada: "As subseções da OAB decidiram fazer uma notificação ao Sindicato dos Servidores da Justiça. Os serviços básicos devem ser mantidos", disse ele.

Segundo o Sindicato dos Servidores, o pedido da OAB foi aceito e os casos das Varas de Família; da área criminal, como liberação de liminar de habeas corpus; e trâmites relacionados à Fazenda Pública, como a concessão de remédios por parte do Governo, estão sendo atendidos.

Os grevistas alegam que estão com o salário defasado, em relação aos outros cargos do Judiciário. Eles pedem um reajuste de 30%.

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