17/08/2011 - 11:58

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Advogados de São Gonçalo recuperam Sala na Justiça Federal

redação das Tribuninhas

Enfim os advogados de São Gonçalo contam com uma sala na Justiça Federal da comarca. O espaço, que há tempos foi cedido para a ampliação da serventia federal, foi devolvido aos colegas e, após reforma do projeto Século 21, reinaugurado ontem, dia 16 de agosto. “A OAB foi compreensiva e nos cedeu sua sala. Agora, cumprimos com nossa obrigação e devolvemos aos advogados o espaço que lhes é de direito”, declarou a juíza responsável pela 2ª Vara Federal, Isabel Maria Figueiredo Souto.
 
A importância de ter um local de trabalho para os colegas dentro da serventia foi ressaltada pelo juiz diretor do Fórum, Marcelo Luzio Marques de Araújo. Segundo ele, o trabalho do magistrado depende diretamente do que é produzido pelos advogados e ter um espaço destinado à advocacia facilita a rotina de trabalho de todos.  “Nos sentimos mais completos tendo a OAB dentro do nosso Fórum. Em uma hora de urgência, sabemos como um espaço como esse se torna fundamental”, disse.
 
A Sala, que recebeu o nome de Cleio Nery de Sá, conta com dois computadores, com acesso à internet, impressora multifuncional e máquina de fotocópia. Integrante da Comissão do Advogado Iniciante da Seccional, Willian Muniz, que representou a Diretoria da OAB/RJ no evento, explicou a ideologia da Ordem ao reformar e modernizar esses espaços para os colegas. “Todo o dinheiro arrecadado deve voltar aos advogados em forma de serviço. É por isso que a OAB existe. Equipar o local de trabalho dos colegas é desde o início um compromisso desta gestão”, concluiu.
 
Esta foi a quinta sala inaugurada na comarca nos moldes do projeto OAB Século 21. De acordo com o presidente da 8ª Subseção, José Luiz Muniz, esta filosofia da OAB/RJ ajuda, inclusive, a tornar mais célere a Justiça. “A Diretoria da Ordem é feita por advogados militantes que conhecem as necessidades dos colegas”, frisou.
 
Unidos pela Justiça
 
O assassinato brutal da juíza da 4ª Vara Criminal da cidade, Patrícia Acioli, morta a tiros na madrugada do dia 12 de agosto, também foi lembrado no evento. Única a julgar processos de homicídios em São Gonçalo, a magistrada era conhecida por uma atuação rigorosa contra a ação de grupos de extermínio naquela região do estado. De acordo com José Luiz Muniz, todos que trabalham pela Justiça devem se unir para não deixar o crime cair no esquecimento e principalmente para não se coagirem com tamanha brutalidade e se calarem em face de ameaças.
 
“Ela foi morta por conta da sua coragem de fazer justiça. Não podemos deixar que essa coragem tenha sido em vão. Advogados, juízes, promotores públicos e todos os servos da lei devem se espelhar nesta coragem para fazer do país um lugar mais justo”, concluiu.
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