15/06/2016 - 11:59 | última atualização em 20/06/2016 - 14:49

COMPARTILHE

Advogados, atletas e Comitê dos Jogos Olímpicos debatem a propriedade intelectual

redação da Tribuna do Advogado

Faltando sete semanas para a abertura dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, o seminário Jogos Olímpicos e direitos intelectuais: o legado jurídico, que acontece agora na OAB/RJ, reúne advogados, atletas e representantes do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos para debater questões relacionadas a direitos intelectuais. O evento é uma realização conjunta das comissões de Propriedade Industrial e Pirataria (CPIP); de Direitos Autorais, Direitos Imateriais e Entretenimento (Cdadie); e da Comissão Especial para o Legado Olímpico (Celo) da Seccional, e está sendo transmitido pelo canal da entidade no Youtube. As atividades continuam até o final da tarde no plenário Evandro Lins e Silva – que fica na Avenida Marechal Câmara, 150, 4º andar.
 
“A ideia foi trazer o conhecimento jurídico e a experiência da área em tudo o que acontece em eventos como esse. As discussões começaram durante a Copa do Mundo de 2014, e evoluíram até hoje. Teremos especialistas, atletas, todos juntos contribuindo para que a advocacia possa atender melhor a seus clientes nesse contexto”, disse o presidente da CPIP, Paulo Parente, ao iniciar o seminário.
 
Em seguida, o presidente da Cdadie, Cláudio Lins de Vasconcelos, explicou que a intenção também é documentar esse momento histórico. “É o maior evento que já aconteceu na história do Brasil. Isso é uma honra, não é qualquer um que pode sediar algo assim. Somos um país grande, estratégico, com um capital humano de muitas possibilidades. Vamos discutir a relação entre a propriedade intelectual e o movimento olímpico, cujo princípio é o de que o ser humano pode superar seus limites, físicos e intelectuais”, afirmou.
 
O presidente da Celo, Rui Calandrini, lembrou que a OAB/RJ passou a integrar o esforço de especialistas em várias áreas para debater de forma sistemática o legado dos jogos. “A OAB/RJ se colocou como mediadora e representante da sociedade civil. Os jogos extrapolam apenas o calendário de provas. Vamos contribuir para que a ideia do legado possa permanecer”, completou. Também participaram da mesa de abertura o diretor-executivo de Operações do Comitê Organizador Rio 2016, general Marco Aurélio Costa Vieira; a adida de propriedade intelectual do United States Patent and Trademark Office (USPTO), Laura Hammel; e a advogada sênior do Comitê Rio 2016 Natasha Bandeira de Mello.
 
No primeiro painel, cujo tema foi Propriedade intelectual: inovação e esporte, o diretor de Relações Institucionais do comitê, embaixador Agemar Sanctos, destacou que a Seccional vem contribuindo para o debate público. “Já participei de outras atividades na Ordem sobre temas jurídicos e complicados que envolvem esse projeto. Os jogos sempre foram concentrados no hemisfério norte, é a primeira vez que o evento acontecerá na América do Sul. Além de desenvolver a cidade, o mote de nossa campanha foi o desenvolvimento do esporte”, defendeu.
 
O surfista campeão mundial de ondas gigantes Carlos Burle, que foi um dos incentivadores do seminário, emocionou a todos com sua palestra. “Meu grande sonho nunca foi ser surfista profissional, eu queria viver perto da natureza e ser feliz. O surfe me permitiu estar perto desse sonho. Quando comecei, nos anos 1980, a maioria das empresas do universo do surfe era pirata. O surfista brasileiro tinha talento, e tudo mais, mas éramos vistos como personagens de uma comunidade onde não existia lei. Houve uma grande transformação no meio, comecei a entender o valor da imagem, em grande parte com a ajuda de vocês, advogados”, afirmou.
 
A programação continua ao longo da tarde com painéis sobre licenciamento e combate a produtos contrafeitos, diálogos intergovernamentais para o legado Olímpico, valores das marcas e o marketing de emboscada, entre outros.
Abrir WhatsApp