28/10/2015 - 11:31

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Advogadas devem ser maioria na OAB até 2020

jornal Correio Braziliense

Seja na magistratura, seja nos escritórios de advocacia, os homens são maioria nas carreiras do direito. A hegemonia masculina entre os advogados cadastrados pela OAB, no entanto, pode chegar ao fim. A expectativa é de que mais mulheres sejam aprovadas no exame da ordem e liderem em números o percentual de profissionais da carreira.

Os registros mais recentes da OAB contabilizam cerca de 907 mil advogados inscritos no país. Desses, 484 mil são homens e 423 mil. Com base nos dados da demografia de gênero dos advogados no Brasil, estima-se que no ano de 2020, o número de mulheres advogadas supere o de homens.
 
Em sintonia com esse crescimento, a OAB aprovou em setembro último o Plano Nacional de Valorização da Mulher Advogada, que entrará em vigor em 2016. Entre os pontos acordados, o documento estabelece como diretriz descontos na anuidade ou até total isenção às profissionais no ano em que tiverem ou adotarem filhos.
 
A luta pela igualdade de gênero é um dos empenhos da atual gestão nacional da entidade. "Grandes homens são os que percebem a altivez do momento histórico. Lançamos esta importante medida, que fortalecerá a atuação das mulheres advogadas. Em poucos anos, elas serão mais numerosas que os homens em nossa entidade", comemora o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.
 
Raio-X
 
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é a entidade máxima de representação da carreira e responsável pela regulamentação da advocacia no país. Tem por finalidade defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos e a justiça social. Cabe à entidade, ainda, promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em todo o país.
 
É composta pelos conselhos seccionais, instalados em cada unidade da Federação, pelas subseções e pelo Conselho Federal, que centraliza as decisões em todo o país, com sede no Setor de Autarquias Sul (SAUS), em Brasília.
 
Foi criada em 18 de novembro de 1930 para atender os interesses dos advogados brasileiros.
 
Em 2015, a entidade completa 85 anos e vai apresentar o novo Código de Ética. O documento tem 80 artigos e trará, entre as novidades, a aprovação da advocacia pro bono no Brasil (caracterizada pela atividade gratuita e voluntária), regras para a publicidade, especialmente na internet e na telefonia, além de questões de honorários, da advocacia pública, das relações com clientes, do sigilo profissional e dos procedimentos nos julgamentos de infrações.
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