19/06/2024 - 17:47 | última atualização em 19/06/2024 - 17:57

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Cevenb da OAB/Barra da Tijuca e Centro de Documentação e Pesquisa da Seccional lançam 'Invisibilidades: reflexo do racismo e da escravidão no Brasil', em versão livro e revista eletrônica; baixe aqui

Ana Júlia Brandão



A Seccional promoveu, na tarde de terça-feira, dia 19, o lançamento da coletânea de artigos “Invisibilidades: reflexo do racismo e da escravidão no Brasil”, da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil (Cevenb) da OAB/Barra e do Centro de Documentação e Pesquisa da OABRJ. A versão física foi produzida em formato livro e a virtual como mais uma edição da Revista Eletrônica da OABRJ. Baixe aqui.


Assista ao lançamento no nosso canal do YouTube. 



A ocasião serviu também para um debate sobre as pautas exploradas pelos artigos mediado pelo presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da Seccional e do Conselho Federal, Humberto Adami.


“Nenhuma outra instituição, até pouco tempo atrás, falava sobre reparação da escravidão da mesma forma que a OABRJ, através da nossa comissão. Desde 2014, nós nos dedicamos a este tema para lançar luz nas memórias e personagens do povo preto que foram apagadas da história do Brasil”.



Além de Adami, estiveram presentes o presidente e a vice-presidente da OAB/Barra da Tijuca, Marcus Soares e Renata Mansur; a presidente da Cevenb da OAB/Barra da Tijuca e coordenadora do projeto, Elizabeth Baraúna; o diretor do Centro de Documentação e Pesquisa da OABRJ e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária, Aderson Bussinger; a presidente da Academia Carioca de Direito (ACD), Rita Cortez; e a integrante do Instituto dos Advogados Brasileiros, Marcia Dinis.

"Ao idealizar a obra, a intenção foi a de contribuir com um legado esclarecedor. Nossa comissão não é formada só de advogados, conta  também com estudantes e historiadores. Esse conjunto não homogêneo é o que faz com que a Cevenb seja ainda mais frutífera”, afirmou Elizabeth Baraúna.

Soares exaltou o trabalho de Baraúna e a importância de obras que tratem de questões históricas muitas vezes ignoradas pela sociedade. 

“Precisamos deixar claro que este tema não se confunde com o racismo cotidiano. Embora as temáticas se complementem, têm particularidades diferentes. É importante trazermos estas discussões para o mundo jurídico, e o trabalho da Elisabeth Baraúna é muito valoroso. A OAB/Barra da Tijuca tem muito orgulho das iniciativas, é com o peito cheio de emoção e de alegria que realizamos este lançamento”.

Ao encerrar o encontro, a secretária-adjunta Mônica Alexandre Santos fez um discurso emocionado caracterizando a obra como uma ferramenta de reparação que possibilita mudança de futuro.


“Nossa luta não é apenas contra o racismo, é também por reconhecimento, por reparação e por um futuro no qual nossas crianças possam crescer com dignidade e igualdade de oportunidades. Precisamos de políticas públicas que promovam inclusão e justiça social e, principalmente, de uma educação que valorize nossa história e cultura, para que tenhamos cada vez mais representatividade em todos os espaços de poder e decisão.”

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